segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Ingenuidade

Acredito no que eles dizem
Acredito em astronautas
No mundo da lua
E na lua de São Jorge

Acredito mais na lua de São Jorge
Do que no espaço deles
Reclamando de quê, cara pálida?
Um tanto de funcionários, e um trabalho vira lata

Vai saber por quê quer ganhar mais
Trabalhando menos
Mas eu acredito no amor
E acredito no 100%

Do nosso eles querem tirar
E no bolso só poeira vai entrar
Ou o papelzinho dos cuzão
Que só volta pra pedir voto em ano de eleição

Faz favor e não some
Na hora H o povo é que se fode
Prometo nunca mais dar mole
Pra esse filhos de uma pátria morte

Mas eu acredito, continuo acreditando
Na melhora que eles prometem de ano em ano
Continua melhorando
Seu saldo lá na porra do banco

Falando em banqueiros
Eles ajudam em suas campanha$$$$$$
Pra que vocês sejam os fantoches de luxo
Desse esquema podre, desse sistema imundo

Eu acredito na mudança que vocês prometeram
Mas não pelas mãos de você
O pobrema tá na curtura rapaiz
Enquanto não tivermos ela seremos incapaz

O palhaço na propaganda é engraçado
Mas é um palhaço, dos palhaços
Somos palhaços, e pra que votar em outro
Vai saber por quê somos tão tolos

Acredita, na maior cara de pau
O sistema vai melhorar, pode acreditar
A sina de sofrer vai acabar
A burguesia vai ajudar a melhorar,

A burguesia é a carniça
Mas pra que acreditar tanto
Se quem se lasca de quatro anos em diante
È o povo que vai seguindo o plano.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Poesias de Renato Vital


Não é duro como rapadura, mas também não é mole como gelatina.

As vezes dói, corrói, como ácido que cai na pele e desintegra os ossos.

Mas também toca, carinha, faz carícias nos corações bons e sinceros.

Pode ser uma doce serenata pra uma bela princesa encantada.

Ou uma blasfemia, contra gente desaforada.

Pode ser RAP, Soul, Funk ( não o carioca), Reggae, MPB, Rock, mas também pode ser apenas uma música lida e escrita.

Mais que letras e palavras, sentimentos de um louco que não aceita ser dopado e jogado no hospício da ignorância. ( Tratamentos com choque, pancadas e outras agressões também não resolvem).

Palavras que sangram, que sabem que vão ser pouco lidas e pouco assistidas, a novela das oito com certeza sempre dará mais ibope. ( Os guerreiros só viram heróis quando morrem).

Atire em mim se eu estiver correto, atire também se eu estiver errado, mas o tiro que sai do seu revólver de insultos ( ou de balas mesmo) um dia também atingiram você.

Se não vai fazer melhor, não de opiniões superfluas, se faz melhor, me ensine como fazer, se não sabe fazer, vem comigo na simpatia e na humildade que eu te ensino.

Se quer me julgar, vira juiz, faz uma faculdade, mestrado, doutorado e bacharelado, mas isso ainda não é certeza que eu sentirei justiça em suas palavras.

E o mais importante: não faça discursos que sejam mais pesados que suas ações e atitudes, você pode não comporta-los ( experiência própria).


Obrigado e volte sempre, minhas poesias, músicas e textos são pra vocês. Usem e abusem dos meus versos de encantos e desencantos, desejos e ambições, justiças e injustiças, cifrões e devassões.


ps: um gesto de carinho e amor com o próximo não dói, o que dói é que não seja mútuo.